terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Adeus Ano Velho


Precisava colocar só um tchauzinho para não deixar o ano acabar sem uma despedida.
Em Janeiro eu volto. 2010, aqui vamos nós.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Dezembros, cada vez mais confusos


A cada final de ano eu me pergunto: o que foi que aconteceu comigo?
Antes eu esperava ansiosamente a chegada dos feriados e festas. Enfeitava todos os cantos da casa. Comprava presentes para todas as pessoas queridas. Mandava cartões. Preparava cardápios e listas de compras. Adorava Natal, mesmo não sendo muito religiosa: acho que aquelas alegorias todas me faziam feliz, eu visitava as lojas e suspirava em frente as árvores altíssimas decoradas centímetro a centímetro, de cores e motivos variados. Sonhei em ter uma delas. Desisti anos depois, achando que eram falsas e caras demais.
A última tentativa de montar a nossa árvore artificial, não tão alta, foi no ano que o Willy veio para nossa casa. O siamês filhote ficou encantado com a árvore e tentava suas escaladas, derrubando tudo no chão. Tudo era brinquedo pra ele, os lacinhos, as bolinhas...Também aprendeu que o cachepô onde ela estava "plantada" era um local perfeito para dormir. Resultado: foi-se a árvore artificial e nos anos seguintes eu decorei o pinheiro natural que tinha no quintal, mas as coisas já estavam mudando.
Foi-se o quintal, mudamos para o apartamento e nesse mesmo ano já passei o Natal debilitada pela quimioterapia. Meu dezembro foi desanimado, não tive vontade de fazer quase nada.
Nos anos seguintes, outro endereço. Tivemos luzinhas e velas. Mas a sensação de que eu estava no mês errado continuou.
Estou sem entender o que foi que mudou no meu coração. É estranho sentir-se do lado de fora do sentimento coletivo. Algumas coisas não estão fazendo muito sentido.
Mas quando eu perceber, já será janeiro e nada como um ano novinho para encher de planos, de sonhos, e de esperança que o próximo dezembro seja diferente.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Era uma vez um quintal


Quando chegamos, era apenas a grama.
A horta veio no caminhão de mudança, sobreviveu à viagem e já foi ganhando uns pés de pimenta para colorir.
Um pergoladinho inventado para despistar os gatos foi "plantado" ao longo do muro mais baixo e já ganhou mudas de sete léguas, para crescer rápido e florescer ainda no verão, quem sabe.
Plantas penduradas já fazem um balancinho e uns passarinhos arriscam uma passadinha, observada com atenção pelos guardiões do território.

O Marido já trouxe e plantou a sua grande paixão vegetal: uma mangueira, de manga palmer, cresce rápido e produz idem.

Eu plantei umas mudas de falsa vinha, nada me dá mais alegria num jardim do que ver as paredes ficando cheias de folhas. Adoro suas mudanças de tons nas estações até que ficam totalmente sem folhas no inverno, revelando no muro aquele mapa de galhos grudadinhos.

No dia das compras de mudas, terra e vasos tivemos que nos controlar para não trazer um caminhão. Foi difícil me desgrudar de uma grande muda de plátano que eu abracei e queria trazer, sem ao menos saber se ela é adequada para um quintal do tamanho do nosso.
E por falar em tamanho, esta é a melhor parte: o quintal é do tamanho da nossa possibilidade de cuidar. Nem mais, nem menos.