Eu aprendi pouco sobre os Beatles na minha infância e adolescência. Depois de casada o Marido me mostrou mais da música que fizeram juntos, os caras que eu curtia em carreira solo.
E Paul sempre foi o meu favorito. Talvez por ter uma produção musical maior e tocar muito no Brasil. Talvez por fazer parcerias lindas nos anos 80 e eu adorar assistir os clipes de "Say say say", "Coming up"...
Estive no lugar certo na hora certa: nós morávamos no Rio em 1990 num bairro tão perto do Maracanã, que fomos, Marido e eu à pé, ver o show da turnê Flowers in the dirt. Entre chuviscos, lágrimas e muitos abraços, foi uma das noites mais marcantes de todos os nossos 24 anos de casados.
Muito tempo depois, o Filho começa a se interessar pela música dos Beatles e no seu jeito sagitariano de ser, leu tudo que lhe chegou às mãos. Pesquisou. Perguntou. Ouviu. Assistiu.
E começou a me ensinar o que eu não aprendi, me chamar atenção para canções que eu conhecia com outro intérprete e não sabia que o original era dos Beatles.
No domingo, tomados pela ansiedade, de mãos dadas e com voz embargada, cantamos juntos as músicas de Paul e dos Beatles. As músicas que o marido e eu ensinamos ao Filho, as músicas que o Marido e o Filho me ensinaram.
São estes momentos de emoção que vão marcando nossas vidas, fazendo os anos serem lembrados pelos acontecimentos especiais, pelas experiências compartilhadas. Nestas horas, a alma fica mais leve.
Quando eu desejei boas viagens ao Filho no aniversário passado, não imaginava o que poderia acontecer na nossa vida. Não poderia sequer sonhar que o novembro 2010 seria mais marcante do que os outros.
Mas como o chocolate nunca pode faltar, inventei novas maneiras de servir as mesmas coisas...
...e os brigadeiros sairam das forminhas para ficarem espetados no palitinho de bambu. 
...e os brigadeiros sairam das forminhas para ficarem espetados no palitinho de bambu.
