Querida Ana Sinhana,
há mais ou menos quinze dias estou abrindo e fechando a página do Blogger para postar alguma coisa, nem que fosse um sinal de fumaça (que aliás está abundante aqui na roça). Antes mesmo que eu possa colocar um título, toca o telefone, o interfone, a campainha ou alguém chama. Senão é a ideia que se esvai e eu fico olhando pro teclado.
A produção de bijus e coisas fofas anda na mesma toada. Quando tem espaço eu não acho o material, quando o material tá arrumado eu tenho compromisso na rua, e as invenções vão ficando acumuladas na minha cabeça, emboladas e empoeirando.
E hoje, domingo, depois de passar o dia fora de casa, vim ler os blogs de amigos, um momentinho de paz e pernas pro alto. E lá estava você, gabando-se de assumir sozinha as tarefas da limpeza geral da casa, costurando cachorros, fazendo bolos, criando filhos, mimando marido e escrevendo pontualmente no blog.
Senti um misto de inveja e admiração, com uma ligeira sensação de que você pode prejudicar seriamente a nossa classe de esposas/crafters/mães waldorf ! Você enobrece a existência feminina, mas elevou demais os requisitos básicos de uma dona de casa. (rs)
Vai ser difícil conseguir acompanhar tanta disposição e talento. Você se tornou um ideal a ser alcançado, como uma bailarina principiante quer se tornar a Ana Botafogo (juro que só percebi depois o trocadilho).
A partir de hoje, sempre que eu estiver prestes a desitir de algum projeto, me lembrarei de você e da sua loja na Tanlup (outra coisa que eu ainda não fiz).
Sempre que der preguiça de colocar o avental eu me lembrarei dos bolos, muffins e daquelas fotos lindas que dão água na boca.
Você passa a ser minha Guru. Adeus Martha Stewart.
Um comentário:
Ai, mulher!
Se vc soubesse a bagunça que a casa está, nesse momento, em que ajudo o pequeno a fazer a lição de casa que ele esqueceu...
Nem arrumar a cama foi possível hoje!
E não me gabo nem um pouco por nada disso. São só as circunstâncias que eu tento levar como posso!
Beijo,
Ana
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