sexta-feira, 30 de maio de 2008

Vou de táxi


Dirigir automóveis: eu nunca encarei isso como habilidade natural dos seres humanos, como andar e falar.
Para mim, é uma tarefa que se aprende (ou não), que se gosta (ou não) e que pode ser bem executada ou mal executada.
Explicando: acho que dirigir um carro é uma atividade que precisa de aprendizado e talento. Como costurar uma roupa. Como construir uma casa. Como plantar uma horta.
Há bons costureiros e maus costureiros, bons pedreiros e péssimos pedreiros, etc.

Quando eu era jovem, as pessoas me olhavam com espanto quando eu dizia que não dirigia. Perguntavam se era algum trauma. Me aconselhavam a procurar um psicólogo.
Ninguém é discriminado quando diz que não sabe cortar cabelos. Mas se você não pilota seu próprio carro tem alguma coisa diferente.

Eu sei fazer coisas que um monte de gente não sabe.
Mas, pra dirigir, eu prefiro contratar um profissional.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O aniversário da minha avó


Dia 22 de maio Maria deve ter feito polenta com a Nona, deve ter usado aquele vestido verde e deve ter dado risada da nossa visita àquela caixa de granito onde está escrito seu nome.

A casa nova: terceira parte


Movidos pela dúvida, fomos consultar os classificados.
Uma só visita a uma casa à venda já nos fez voltar às certezas antigas.
E ao que parecia um projeto de vida.
É simplesmente impossível encontrar o nosso sonho pronto. Teremos de materializá-lo com as nossas próprias mãos, nossas noites de insônia e algumas caixas de Lorazepam.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Uma ótima vendedora

Não costumo frequentar Pet-shops. Não gosto do cheiro das lojas, de ver os animais à venda expostos em gaiolas, me irrito com a sinfonia de latidos.
A ração do Willy é comprada no supermercado mesmo, junto com a comida da família.
Mas, outro dia, eu queria comprar ração para filhotes (uma história pra depois) e entrei numa loja que achei no caminho.
Era uma loja como todas, gaiolas, latidos, mas não tinha aquele cheiro insuportável, estava bem ventilada.
Procurei a seção "Gatos", que normalmente ocupa apenas 10% da loja. Num cantinho lá no fundo estavam as rações, os arranhadores e... a vendedora mais simpática que eu já conheci.
Uma gata preta, de olhos amarelos, usando coleira vermelha veio me saudar com uma cabeçada sincera, que imediatamente me fez abaixar pra puxar assunto.
E ficamos ali "conversando", até que o Marido e o Filho entraram também e ela foi recebê-los com a mesma simpatia.
Seu nome é Nêga, ela mora lá e deve ser o xodó de todos os frequentadores do estabelecimento.
O Marido achou que ela parecia mascote do Botafogo, a Pantera.
O Filho achou que tinha os olhos amarelos do Anakin Skywalker.
Quanto mais atenção ela recebia, com mais carinho retribuía. Uma Lady.
Não dava vontade de se despedir.

Na próxima vez que eu for lá (é claro que eu vou voltar!) pretendo levar a câmera para trazer uma lembrança daquela fofura.
Esta foto de hoje é só um parente distante, mas muito parecido.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A casa nova: segunda parte


Depois que a arquiteta coloca os nossos sonhos no papel, a gente se assusta. Acha que os sonhos estão muito grandes. Começa a se questionar.

O que parecia ser um projeto de vida passa a ser uma nova dúvida.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Memórias de outono



Um dia desses passei de carro em frente à casa que era nossa.

As árvores que plantamos foram cortadas, deixando um vazio na fachada que talvez só a gente perceba. Ficou faltando alguma coisa.

Pode ser que os novos donos não gostem das folhas que aquelas árvores espalham no outono. Para nós era uma diversão. Às vezes, guardávamos cestos cheios delas, de cores e tamanhos variados, eram lindas. Serviram de "tapete" na entrada em algumas festas que fizemos lá.


Esta é a minha estação favorita. Os dias são azuis, o vento tem um frescor diferente e com sorte, em alguns anos, faz frio. Estou adorando as frentes frias deste outono, apesar de não ter mais as minhas folhas. Meu quintal agora é uma "praia", cheia de coqueiros, que ficam absolutamente sem graça no outono.


domingo, 4 de maio de 2008

Ão ão ão, primeira divisão

Perdemos o jogo mas estamos na série A 1.
Marido feliz, Filho feliz, família que torce unida jamais será vencida.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Águas de Maio

Mr. Willy deu de me seguir pela casa, escada acima, escada abaixo. Espera eu sentar em algum lugar e procura um canto pra deitar.
Hoje acho que ele cansou e sumiu. Fui encontrá-lo dormindo nos pés do Filho, enroladinho.
Dia de chuva ninguém quer levantar da cama mesmo. Nem o Filho, nem o Gato...

Família Tricolor na A1


Acordei no dia seguinte com o Marido fardado em tricolor me trazendo café. Na mesa da sala de jantar uma camisa estendida e um bilhete comemorativo do Filho. Foi só um a um, mas estamos quase lá. Já estamos pensando em adotar um gato preto e batizá-lo de Pantera.