segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Oitavo ano, segundo setênio, o mundo é belo.

Encontro-me em estado emocional delicado, ouvindo sininhos e não conseguiria explicar com clareza a experiência que vivi como mãe este ano.
Transcrevo as palavras de Helena Trevisan, autora do livro "Filhos felizes na escola" , uma síntese do que é na prática o oitavo ano Waldorf e porque ele será inesquecível para todos que participaram desta jornada.

QUANDO VIVER É PRECISO
"De fato, é nessa fase que o professor de classe da escola Waldorf se despede da turma que acompanhou desde o início do setênio, o que se deu aos sete anos de idade. Não será fácil para ele, como não será igualmente para os pais ao se darem conta de que é por volta dos 14 anos que os filhos conquistam definitivamente a autonomia de ir e vir.
(...)
Em se tratando de palco, quem define a peça é o professor. Conhecendo tão bem os seus alunos, com quem conviveu por longo tempo, um tema é cuidadosamente escolhido. O enredo da peça tem a ver com as particularidades daquela classe; os personagens, com aspectos que, em cada aluno precisam de retoques, antes que entrem finalmente na aventura da vida.
Nesse sentido é um presente que o professor oferece aos seus alunos, com uma sugestão sobre a meta a ser alcançada na sua vida futura. É também uma mensagem de despedida.
Afinal, uma etapa está se cumprindo - é preciso estar pronto para transpor o portal e ter acesso a algo grandioso. Este é o momento do apogeu, a finalização de um trabalho.
Há os que dão um abraço, sorriem confiantes e dizem até logo. outros precisam de um delicado empurrão, outros ainda, de um tempo maior. Em todos, porém, haverá um nó na garganta.
Estarão prontos? Estarei pronto? Quem sabe?"

Obrigada Professora Rita.
O que não nos dizem quando matriculamos os filhos na Escola Waldorf é que nós, pais, teremos também grandes aprendizados nesse setênio.




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