Para cuidar de humanos, é imprescindível não ter coração de pudim.
Como ela poderia visitar favelas se depois ficasse sem dormir?
Como conseguiria entrevistar famílias carentes se começasse a chorar?
Como poderia recolher meninos de rua se tivesse ímpetos de levá-los para casa?
Eu a considero a pessoa certa na profissão certa.
Em suas visitas à periferia tudo é documentado e encaminhado para providências.
Mas seu olhar profissional acaba sendo desviado para outras criaturas. São focinhos e bigodes que compartilham com os humanos as mesmas condições precárias, mas dentro do que é possível, tem lar, abrigo e alimento.
E a Tina, que não pode ter coração de pudim, traz para casa somente as fotos.
5 comentários:
tudo bem que estou chorando aqui só de ler... concordo com "a pessoa certa no lugar certo".
bjinho
LINDO! OBRIGADA! AMEI!
AH, O OBRIGADA ACIMA É MEU!!! DA TINA!!!
Lindo!!!
Vc devia escrever crônicas cotidianas em algum jornal. Seu talento é impressionante. Lembro de um post antiiigo, sobre um jogo de futebol e um bolo feito a várias mãos (da família). Linda família.
obrigada mariana...
fiquei vaidosa com os elogios!
eu gosto de escrever, mas nunca tinha recebido uma crítica tão positiva.
um beijo e volte sempre.
denise
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